domingo, 18 de julho de 2010

Renaissance

VIDA OBSCURA

Ninguém sentiu o teu espasmo obscuro,

Ó ser humilde entre os humildes seres.

Embriagado, tonto dos prazeres,

O mundo para ti foi negro e duro.


Atravessaste num silêncio escuro

A vida presa a trágicos deveres

E chegaste ao saber de altos saberes

Tornado-te mais simples e mais puro.


Ninguém te viu o sentimento inquieto,

Magoado, oculto e aterrador, secreto,

Que o coração te apunhalou no mundo.


Mas eu que sempre te segui os passos

Sei que cruz infernal prendeu-te os braços

E o teu suspiro como foi profundo!


Cruz e Souza

Um comentário:

  1. Que poema maravilhoso... Esse eu ainda não conhecia!!! Bela escolha. Um abraço!!!

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